quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A organização do Trabalho e a Desmotivação.


A desmotivação muitas vezes está alicerçada na cultura ultrapassada das organizações, na falta de envolvimento do gestor x trabalhador, na falta de contato através de reuniões, na pirâmide estabelecida de maneira verticalizada, na impossibilidade de crescimento, reaproveitamento , promoção.
O processo de desenvolvimento do trabalhador está intimamente ligado à chefia , percebe-se o crescente descrédito a quem impõe o faça o que eu digo, mas jamais faça o que eu faço.O colaborador sente-se compelido a rechaçar e desacreditar na chefia, sente-se enganado, tratado com desrespeito. Não são marcadas reuniões e quando ocorrem fica o feed-back para a reunião posterior, o qual normalmente não é dado gerando total desmotivação, a mudança que fica para depois das reuniões normalmente não ocorre, prejudicando a qualidade e a produtividade.
Colaboradores se relacionam melhor com chefias que não usam o seu poder da posição e que conseguem compilar atenção aos componentes da equipe, flexibilizar procedimentos e inovações e o alcance dos resultados, agregar, estimular e motivar .
Percebe-se que gestores que não têm perfil de liderança, sendo conhecedores da área em que atuam, mas sem postura gerencial agregadora, que demonstram insegurança e comportam-se de modo passivo, não interagem com a equipe e só têm contato mais profundo quanto sentem-se pressionados e precisam da ajuda de todos, tornam o ambiente de trabalho desmotivador e insatisfatório. Existe a cobrança, mas não existe o reforço, os objetivos corporativos e pessoais não estão unidos e este é um item que serve como ferramenta para se conseguir uma dedicação à função.
Sabe-se que a organização do trabalho é uma ferramenta também utilizada para a maior produtividade, para organizar o conjunto de ações, ver prioridades, delegar responsabilidades de forma a otimizar o tempo e não desperdiçá-lo, estipular metas, evitar o desperdício e o retrabalho e chegar à qualidade como conseqüência. Não havendo plano de trabalho, não há organização e consequentemente não há controle efetivo, gerando atrasos e correrias sem necessidade. O meio ambiente de trabalho, além dos aspectos químicos, físicos e biológicos deve dar ao trabalhador condições de dignidade humana e proteção. Quando há diferença de tratamento por parte do gestor para alguns trabalhadores (ou escolhidos), este tipo de atitude por quem deveria unir, incentiva um padrão de comportamento que pode ser o caminho para desenvolver neuroses profissionais.
O endomarketing é uma ferramenta que pode agregar muito ao funcionamento estratégico para obter resultados positivos. Primeiramente deveria ser estruturado um plano estratégico no qual a gerência, interaja de maneira imparcial com todos os trabalhadores, ouvindo-os e elencando as suas sugestões de como tornar a empresa sustentável em nível social, motivando-os e buscando junto a eles todas as informações para reestruturar e trabalhar com uma política voltada para o bem-estar e desenvolvimento de todos ,destacando-se desde o crescimento profissional (aproveitando a mão-de-obra já existente para promoções e novos cargos surgidos) ouvindo e administrando a necessidade individual de cada colaborador. Pode-se implementar uma comissão triparte (01 representante do sindicato, um representante dos colaboradores e um representante da empresa) objetivando a solução de impasses de maneira rápida e eficaz entre as partes e com o objetivo de que evitar injustiças . Agendar reuniões entre estes três representantes somente quando houver necessidade de resolução de algum problema que não consiga ser resolvido entre os demais.
Não utilizar mão-de-obra externa, sempre que necessário verificar se há algum trabalhador que possa ser aproveitado e promovido. Buscá-lo fora quando necessitar de mão-de-obra excedente ou com qualificação que não se encontre no local de trabalho e com uma maneira peculiar de contratá-la ,oferecer um bônus ao funcionário que indicar um novo colaborador, sendo está uma maneira inteligente de contratar alguém que se empenhe na função e que tenha uma cobrança paralela.
Estabelecer um controle estatístico sobre todas as patologias (quando da admissão e no dia-a-dia) para que tenham conhecimento sobre o que pode ser feito para evitá-las e de que forma, ter controle sobre o absenteísmo e verificar se há afastamento por doença ocupacional.
Investir na ferramenta mais importante da empresa, o trabalhador, motivando-o constantemente e criando um ambiente de comprometimento mútuo, certamente é uma chance de alcançar a excelência.