quarta-feira, 2 de junho de 2010

Governo anuncia nova metodologia para o seguro acidente de trabalho





Fonte: 0 globo

Governo anunciou ontem a nova metodologia para o seguro acidente de trabalho em acordo com empresários e trabalhadores para implantar nova metodologia de cálculo para o Seguro Acidente de Trabalho (SAT). As novas regras entram em vigor em setembro, valendo para 2011, e reduzem custos para empresas onde trabalhadores adoecem menos, penalizando onde há maior volume de acidentes.

Dados do Ministério da Previdência Social apontam que ocorre uma média anual de cerca de 3 mil mortes e 8 mil aposentadorias por invalidez permanente, causadas em ambiente de trabalho no país.

Em 2009, esses sinistros custaram R$ 14,2 bilhões à Previdência, enquanto as empresas contribuíram com R$ 8,1 bilhões. A diferença é coberta por recursos da União. Dados anteriores mostram que desde 2003 o INSS cobre, pelo menos, 40% dessa conta.

Em função disso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta há sete anos alterar o modelo do seguro. Discussões com empresários e trabalhadores levaram o governo a implantar, em 2007, o Fator de Acidentário de Prevenção (FAP), para um cálculo mais equânime do SAT.

Mas tanto as empresas como os trabalhadores não gostaram da fórmula final, e a medida já foi vítima de duas ações de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), de parte das confederações da indústria (CNI) e do comércio (CNC), além de cerca de 7 mil processos administrativos e 250 ações judiciais.

Hoje, o ministro da Previdência, Carlos Gabas, anunciou que o Conselho Nacional de Previdência Social alterou a metodologia do FAP, que serve para o cálculo do seguro. Segundo ele, houve anuência de empresários e trabalhadores e a medida não representa fraqueza do governo.

- Não há recuo, nem atendimento a pressões. Estamos aprofundando o diálogo. Antes, era uma mera indenização por perda de capacidade laboral ou por mortes, para empresas mal intencionadas. Agora, passa a ser um instrumento de proteção dos trabalhadores - disse Gabas, titular da pasta há dois meses.

O secretário de Políticas de Previdência Social, Fernando Rodrigues, explicou que "a nova metodologia consegue distribuir, melhor, os riscos. O FAP passa a ser um instrumento modulador", disse. Ele explicou ainda que a polêmica gira mais em torno da metodologia do fator do que em relação à cobrança.

- O FAP passa a ser um diferencial para as empresas que sonegam e as que não sonegam - continuou o secretário. O FAP, na verdade, está em vigor desde janeiro deste ano. Mas a partir de setembro terá mudanças na metodologia de cálculo, valendo para ocorrências entre 2007 e 2008.

As empresas sem qualquer registro de acidentes de trabalho, por exemplo, terão reduzidas à metade, as alíquotas incidentes para o cálculo do seguro (1%, 2% e 3% da folha salarial, dependendo de setor e portes). Cerca de 350 mil empresas devem ser beneficiadas, de imediato.

Já aquelas que sonegarem informações sobre o tema ou que registrarem aumento forte da sinistralidade laboral, terão suas alíquotas dobradas pelo FAP, resumiu o diretor de Saúde da Previdência, Remígio Todeschini.

Segundo ele, das 4,5 milhões de empresas cadastradas no país, cerca de 952 mil médias e grandes estão obrigadas a pagar o seguro. O restante está no rol de isentos por estarem no Simples, atividade rural e outros.

"ONGs pedem que Anvisa proíba termômetros de mercúrio




Fonte: Publicidade da Reportagem Local

Um petição assinada por 38 entidades das áreas de saúde e meio ambiente foi protocolada nesta quarta-feira no gabinete do presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exigindo que o órgão proíba a fabricação, comércio e uso de termômetros com mercúrio.
A petição cita considerações do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) favoráveis ao banimento do mercúrio. As entidades também se basearam nos resultados de uma pesquisa financiada pelo Ministério do Meio Ambiente alemão sobre a presença do material em países em desenvolvimento. No Brasil, segundo a pesquisa, 83% dos hospitais e consultórios ainda utilizam termômetros de mercúrio, apesar dos profissionais reconhecerem que o material oferece riscos à saúde.
Zuleica Nycz, coordenadora da Apromac (Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte-PR) e uma das responsáveis pela pesquisa no Brasil, considera "um contrasenso ser possível comprar um termômetro de mercúrio e levar para casa. Quando ele quebra as crianças brincam com as bolinhas, mas deveria ser tratado como uma emergência química, pois os danos são permanentes".
A petição sugere a criação de um programa de recolhimento dos termômetros e subsídios para baratear os materiais alternativos, hoje mais caros.
A Anvisa não confirmou a entrega da petição, e aguardava resposta da área técnica para se posicionar sobre a legislação envolvendo o mercúrio. "

[ Riscobiologico.org - Folha online - http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u737844.shtml. ]

Entidades ambientais pedem à Anvisa proibição de termômetros de mercúrio




Fonte: http://blog.eco4planet.com/2010/05/entidades-ambientais-pedem-a-anvisa-proibicao-de-termometros-de-mercurio/
www.saudesemdano.org.
http://www.saudesemdano.org/?c=82.

Entidades ligadas às áreas de saúde e meio ambiente entregaram no dia 19 de maio, um documento à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedindo a proibição do uso e da fabricação de termômetros de mercúrio no Brasil. Elas propõem a criação de um programa de substituição desses termômetros por outros não tóxicos.
De acordo com a representante da Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte (Promac) Zuleica Nycz, os termômetros disponíveis no mercado são muito frágeis e detêm grande concentração do metal, o que pode contaminar pessoas e ambientes.
?O que queremos é que a Anvisa se sensibilize e nos chame para conversar. Acredito que deve sobrar um pouco de recursos [governamentais] para trabalharmos com a segurança química e proteger a saúde das pessoas e da própria biodiversidade?, disse.
Segundo Zuleica, um dos maiores entraves para a substituição por termômetros alternativos é o preço. Na maior parte dos locais de venda pesquisados por essas entidades, os termômetros não tóxicos custavam mais que o dobro que os de mercúrio.
?Temos um problema muito grave que exige subsídio ou políticas específicas. A máquina do Estado tem uma série de opções para baixar o preço de um produto que é de interesse da saúde pública. O que falta neste momento é vontade política?, afirmou.
Em junho, o Brasil participará da primeira reunião internacional que discutirá um tratado sobre mercúrio. Ela será realizada pelo Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (Pnuma), na Suécia. De acordo com Zuleica, alguns países como Argentina, Índia e Filipinas já proibiram o uso do metal.
Estudos financiados pelo Ministério do Meio Ambiente da Alemanha e realizada por organizações não governamentais internacionais revelaram que 83% dos hospitais e consultórios pesquisados no Brasil ainda usam termômetros de mercúrio, mesmo com a disponibilidade de produtos alternativos e do conhecimento dos profissionais de saúde sobre os riscos e a toxidade do material.
O mercúrio é um metal tóxico para os seres humanos, podendo afetar o desenvolvimento cerebral e o sistema nervoso. No Brasil, é usado em termômetros, em lâmpadas fluorescentes, em materiais odontológicos e em processos de mineração de ouro.
Segundo o Dr Zechinatti, MT coordenador PCMSO Unifesp, o mercúrio é proibido em SP.

No RS ainda é usado , mas com cuidados, principalmente na limpeza e no descarte.