sexta-feira, 30 de abril de 2010

Justiça social-Justiça ecológica





Fonte:http://www.leonardoboff.com/site/lboff.htm


Justiça social-Justiça ecológica

Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.

A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam por si: há um bilhão de pessoas que vive no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao dia. E há, 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vive com menos de dois dólares diários. As consequências são perversas. Basta citar um fato: contam-se entre 350-500 milhões de casos de malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis.

Essa anti-realidade foi por muito tempo mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar riqueza para poucos e não bem-estar para a humanidade.

A segunda injustiça, a ecológica está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram. Fred Pierce, autor de "O terremoto populacional" escreveu no New Scientist de novembro de 2009: "os 500 milhões dos mais ricos (7% da população mundial) respondem por 50% das emissões de gases produtores de aquecimento, enquanto 50% dos pais mais pobres (3,4 bilhões da população) são responsáveis por apenas 7% das emissões".

Esta injustiça ecológica dificilmente pode ser tornada invisível como a outra, porque os sinais estão em todas as partes, nem pode ser resolvida só pelos ricos, pois ela é global e atinge também a eles. A solução deve nascer da colaboração de todos, de forma diferenciada: os ricos, por serem mais responsáveis no passado e no presente, devem contribuir muito mais com investimentos e com a transferência de tecnologias e os pobres têm o direito a um desenvolvimento ecologicamente sustentável, que os tire da miséria.

Seguramente, não podemos negligenciar soluções técnicas. Mas sozinhas são insuficientes, pois a solução global remete a uma questão prévia: ao paradigma de sociedade que se reflete na dificuldade de mudar estilos de vida e hábitos de consumo. Precisamos da solidariedade universal, da responsabilidade coletiva e do cuidado por tudo o que vive e existe (não somos os únicos a viver neste planeta nem a usar a biosfera). É fundamental a consciência da interdependência entre todos e da unidade Terra e humanidade. Pode-se pedir às gerações atuais que se rejam por tais valores se nunca antes foram vividos globalmente? Como operar essa mudança que deve ser urgente e rápida?

Talvez somente após uma grande catástrofe que afligiria milhões e milhões de pessoas poder-se-ia contar com esta radical mudança, até por instinto de sobrevivência. A metáfora que me ocorre é esta: nosso pais é invadido e ameaçado de destruição por alguma força externa. Diante desta iminência, todos se uniriam, para além das diferenças. Como numa economia de guerra, todos se mostrariam cooperativos e solidários, aceitariam renúncias e sacrifícios a fim de salvar a pátria e a vida. Hoje a pátria é a vida e a Terra ameaçadas. Temos que fazer tudo para salvá-las.

Leonardo Boff é autor de Opção-Terra: a solução para a Terra não cai do céu, Record (2008).

quinta-feira, 22 de abril de 2010

50 Milhões de Figurantes - Entre os quais CADEIRANTES




Fonte: MARTHA MEDEIROS


50 milhões de figurantes


Todas as manhãs, dirijo pelo mesmo trajeto e fico engarrafada numa mesma esquina, onde há uma obra atrapalhando o trânsito. Mas nada se compara com a dificuldade de uma moça que diariamente atravessa a rua bem em frente ao meu carro. Seria fácil para ela caminhar sobre a parte esburacada da obra e cruzar de uma calçada a outra enquanto o sinal não abre. Seria fácil se ela caminhasse, mas não caminha. Anda numa cadeira de rodas.

Todos os dias, eu presto atenção nela, em como maneja bem sua cadeira, em como parece estar acostumada, apesar de todo o esforço. Naturalmente, me vem à lembrança a personagem de Alline Moraes em Viver a Vida. E me pergunto: não fosse a personagem da novela, eu prestaria tanta atenção assim? Quantas cadeirantes já cruzaram meu caminho e eu não percebi?

Assistindo a uma entrevista da vereadora e psicóloga Mara Gabrilli, também cadeirante, descobri que no Brasil há cerca de 50 milhões de pessoas que possuem alguma deficiência, seja motora, auditiva, visual, mental ou mesmo as deficiências degenerativas da idade, que comprometem o ir e vir autossuficiente. Não é um milhão, nem são dois: são 50 milhões. Você tem cruzado por essas pessoas pelas ruas? Sim, todos os dias. Mas cruzar por elas não significa enxergá-las.

Não acho que as novelas precisem se engajar em causa alguma, estão aí para entreter, passar o tempo, porém, quando conseguem colocar na trama uma personagem peculiar, que não representa apenas a santinha ou a vilã clássicas, mas que foge do estereótipo, nossos olhos se abrem para uma condição que a gente se acostumou a não ver.

Ainda que a realidade da personagem da novela seja diferente da realidade da maioria dos cadeirantes (raros possuem enfermeira 24 horas, fisioterapeuta de plantão e motorista com carro adaptado), não se pode esquecer que vivemos num país em que a educação se dá mais pela TV do que pelos livros. Logo, um programa de grande audiência que atinge as classes A, B, C, até Z, contribui muito para a inclusão social daqueles que, por não protagonizarem novelas, também não eram considerados protagonistas aqui fora. Formavam um elenco de apoio, 50 milhões de figurantes.

Não é nada, não é nada, Manoel Carlos deu projeção a uma linda Luciana que saiu das passarelas para a paraplegia, com o ineditismo de a personagem ter até blog e trocar ideias com os telespectadores como se o seu drama existisse de fato. Bizarro? Cafona? Pode ser. Mas hoje vejo com mais nitidez aquela moça que todo dia atravessa a rua manejando sozinha sua cadeira de rodas às sete e meia da manhã, engolindo poeira em meio a uma obra, e penso na falta que faz um outro tipo de passarela, uma rampa ou uma calçada bem pavimentada para aqueles que, diferenças à parte, também são personagens principais.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Novas enfermidades Profissionais

Fonte: Desconhecida


El Consejo de Administración de la Oficina Internacional del Trabajo (OIT) aprobó una nueva lista de enfermedades profesionales en su reunión de 25 de marzo de 2010.
Esta nueva lista sustituye a la que figura en el anexo de la Recomendación sobre la lista de enfermedades profesionales y el registro y notificación de accidentes del trabajo y enfermedades profesionales num. 194 que fue adoptado en 2002.
Esta lista de enfermedades profesionales de la OIT ha sido elaborada con el objetivo de ayudar a los países en la prevención, el registro, la notificación y, si procede, la indemnización de las enfermedades causadas por el trabajo.
La nueva lista incluye una serie de enfermedades profesionales reconocidas internacionalmente, desde enfermedades causadas por agentes químicos, físicos y biológicos hasta enfermedades de origen respiratorio y de la piel, trastornos del sistema osteomuscular y cáncer profesional. Por primera vez se han incluido de manera específica en la lista de la OIT los trastornos mentales y del comportamiento. En las secciones de la lista se incluyen además puntos abiertos en todas las secciones. Los puntos abiertos permiten el reconocimiento del origen profesional de enfermedades que no figuran en la lista siempre y cuando se haya establecido un vínculo entre la exposición a los factores de riesgo que resulte de la actividad laboral y las enfermedades contraídas por el trabajador.
La nueva lista ha sido el resultado de una cuidadosa preparación técnica y negociación política que han incluido consultas con los mandantes tripartitos, reacciones de los Estados miembros, el análisis de los factores de riesgo nuevos y emergentes en el lugar de trabajo, el examen de la práctica nacional en el reconocimiento de enfermedades profesionales, la evaluación del desarrollo científico internacional en la identificación de enfermedades profesionales, y el examen y la revisión por parte de las reuniones tripartitas de expertos.
Los criterios utilizados por los mandantes tripartitos para decidir qué enfermedades han de ser consideradas en la lista actualizada incluyen: que exista una relación causal entre la enfermedad y un agente, una exposición o un proceso de trabajo específico; que la enfermedad ocurra en relación con el ambiente de trabajo y/o en ocupaciones específicos; que la enfermedad tenga lugar entre grupos de trabajadores afectados con una frecuencia que excede la incidencia media en el resto de la población; y que haya evidencia científica de un patrón bien definido de la enfermedad tras la exposición y verosimilitud de la causa.
"El establecimiento de condiciones de trabajo seguras y saludables es un reto al que la OIT ha respondido desde su fundación en 1919. A medida que nuestro mundo se desarrolla, con las nuevas tecnologías y los nuevos modelos de trabajo, los retos cambian y aparecen nuevos riesgos. Cuando no se adoptan medidas de seguridad y salud, o cuando estas medidas fracasan, pueden ocurrir accidentes, lesiones, enfermedades e incluso la muerte. Las víctimas de lesiones laborales y enfermedades profesionales tienen que ser compensados adecuadamente y es necesario tomar acciones de prevención en el lugar de trabajo para poder prevenir nuevas víctimas. Esta nueva lista de enfermedades profesionales refleja el desarrollo más novedoso en cuanto a la identificación y el reconocimiento de enfermedades profesionales en el mundo de hoy. E indica claramente donde aplicar la prevención y la protección. La población trabajadora del mundo y sus familias se beneficiarán de esta nueva lista.", dijo Seiji Machida, Director del Programa de la OIT sobre Seguridad y Salud en el Trabajo y Medio Ambiente (SafeWork).
Lista de enfermedades profesionales (revisada 2010) en anexo a la Recomendación (núm. 194)


Lista de enfermedades profesionales1 (revisada en 2010)
1. Enfermedades profesionales causadas por la exposición a agentes que resulte de las actividades laborales

1.1. Enfermedades causadas por agentes químicos
1.1.1. Enfermedades causadas por berilio o sus compuestos
1.1.2. Enfermedades causadas por cadmio o sus compuestos
1.1.3. Enfermedades causadas por fósforo o sus compuestos
1.1.4. Enfermedades causadas por cromo o sus compuestos
1.1.5. Enfermedades causadas por manganeso o sus compuestos
1.1.6. Enfermedades causadas por arsénico o sus compuestos
1.1.7. Enfermedades causadas por mercurio o sus compuestos
1.1.8. Enfermedades causadas por plomo o sus compuestos
1.1.9. Enfermedades causadas por flúor o sus compuestos
1.1.10. Enfermedades causadas por disulfuro de carbono
1.1.11. Enfermedades causadas por los derivados halogenados de los hidrocarburos alifáticos o aromáticos
1.1.12. Enfermedades causadas por benceno o sus homólogos
1.1.13. Enfermedades causadas por los derivados nitrados y amínicos del benceno o de sus homólogos
1.1.14. Enfermedades causadas por nitroglicerina u otros ésteres del ácido nítrico
1.1.15. Enfermedades causadas por alcoholes, glicoles o cetonas
1.1.16. Enfermedades causadas por sustancias asfixiantes como monóxido de carbono, sulfuro dehidrógeno, cianuro de hidrógeno o sus derivados
1.1.17. Enfermedades causadas por acrilonitrilo
1.1.18. Enfermedades causadas por óxidos de nitrógeno
1.1.19. Enfermedades causadas por vanadio o sus compuestos
1.1.20. Enfermedades causadas por antimonio o sus compuestos
1.1.21. Enfermedades causadas por hexano
1.1.22. Enfermedades causadas por ácidos minerales
1.1.23. Enfermedades causadas por agentes farmacéuticos



1 Cuando se aplique esta lista habrá que tener en cuenta, según proceda, el grado y el tipo de exposición, así como el trabajo o la ocupación que implique un riesgo de exposición específico.


1.1.24. Enfermedades causadas por níquel o sus compuestos
1.1.25. Enfermedades causadas por talio o sus compuestos
1.1.26. Enfermedades causadas por osmio o sus compuestos
1.1.27. Enfermedades causadas por selenio o sus compuestos
1.1.28. Enfermedades causadas por cobre o sus compuestos
1.1.29. Enfermedades causadas por platino o sus compuestos
1.1.30. Enfermedades causadas por estaño o sus compuestos
1.1.31. Enfermedades causadas por zinc o sus compuestos
1.1.32. Enfermedades causadas por fosgeno
1.1.33. Enfermedades causadas por sustancias irritantes de la córnea como benzoquinona
1.1.34. Enfermedades causadas por amoniaco
1.1.35. Enfermedades causadas por isocianatos
1.1.36. Enfermedades causadas por plaguicidas
1.1.37. Enfermedades causadas por óxidos de azufre
1.1.38. Enfermedades causadas por disolventes orgánicos
1.1.39. Enfermedades causadas por látex o productos que contienen látex
1.1.40. Enfermedades causadas por cloro
1.1.41. Enfermedades causadas por otros agentes químicos en el trabajo no mencionados en los puntos anteriores cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a
las condiciones y la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a dichos agentes químicos que resulte de las actividades laborales y la(s) enfermedad(es) contraída(s) por el trabajador


1.2. Enfermedades causadas por agentes físicos
1.2.1. Deterioro de la audición causada por ruido
1.2.2. Enfermedades causadas por vibraciones (trastornos de músculos, tendones, huesos,
articulaciones, vasos sanguíneos periféricos o nervios periféricos)
1.2.3. Enfermedades causadas por aire comprimido o descomprimido
1.2.4. Enfermedades causadas por radiaciones ionizantes
1.2.5. Enfermedades causadas por radiaciones ópticas (ultravioleta, de luz visible, infrarroja),
incluido el láser
1.2.6. Enfermedades causadas por exposición a temperaturas extremas
1.2.7. Enfermedades causadas por otros agentes físicos en el trabajo no mencionados en los
puntos anteriores cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a
las condiciones y la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a dichos
agentes físicos que resulte de las actividades laborales y la(s) enfermedad(es) contraída(s)
por el trabajador

1.3. Agentes biológicos y enfermedades infecciosas o parasitarias
1.3.1. Brucelosis
1.3.2. Virus de la hepatitis
1.3.3. Virus de la inmunodeficiencia humana (VIH)
1.3.4. Tétanos
1.3.5. Tuberculosis
1.3.6. Síndromes tóxicos o inflamatorios asociados con contaminantes bacterianos o fúngicos
1.3.7. Ántrax
1.3.8. Leptospirosis
1.3.9. Enfermedades causadas por otros agentes biológicos en el trabajo no mencionados en los puntos anteriores cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a
las condiciones y la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a dichos
agentes biológicos que resulte de las actividades laborales y la(s) enfermedad(es) contraída(s) por el trabajador


2. Enfermedades profesionales según el órgano o sistema afectado
2.1. Enfermedades del sistema respiratorio
2.1.1. Neumoconiosis causadas por polvo mineral fibrogénico (silicosis, antracosilicosis,
asbestosis)
2.1.2. Silicotuberculosis
2.1.3. Neumoconiosis causadas por polvo mineral no fibrogénico
2.1.4. Siderosis
2.1.5. Enfermedades broncopulmonares causadas por polvo de metales duros
2.1.6. Enfermedades broncopulmonares causadas por polvo de algodón (bisinosis), de lino, de
cáñamo, de sisal o de caña de azúcar (bagazosis)
2.1.7. Asma causada por agentes sensibilizantes o irritantes reconocidos e inherentes al proceso de trabajo
2.1.8. Alveolitis alérgica extrínseca causada por inhalación de polvos orgánicos o de aerosoles
contaminados por microbios que resulte de las actividades laborales
2.1.9. Enfermedades pulmonares obstructivas crónicas causadas por inhalación de polvo de
carbón, polvo de canteras de piedra, polvo de madera, polvo de cereales y del trabajo
agrícola, polvo de locales para animales, polvo de textiles, y polvo de papel que resulte de
las actividades laborales
2.1.10. Enfermedades pulmonares causadas por aluminio
2.1.11. Trastornos de las vías respiratorias superiores causados por agentes sensibilizantes o
irritantes reconocidos e inherentes al proceso de trabajo

2.1.12. Otras enfermedades del sistema respiratorio no mencionadas en los puntos anteriores
cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a las condiciones y
la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a factores de riesgo que resulte
de las actividades laborales y la(s) enfermedad(es) contraída(s) por el trabajador


2.2. Enfermedades de la piel
2.2.1. Dermatosis alérgica de contacto y urticaria de contacto causadas por otros alergenos
reconocidos, no mencionados en los puntos anteriores, que resulten de las actividades
laborales
2.2.2. Dermatosis irritante de contacto causada por otros agentes irritantes reconocidos, no
mencionados en los puntos anteriores, que resulten de las actividades laborales
2.2.3. Vitiligo causado por otros agentes reconocidos, no mencionados en los puntos anteriores, que resulten de las actividades laborales
2.2.4. Otras enfermedades de la piel causadas por agentes físicos, químicos o biológicos en el
trabajo no incluidos en otros puntos cuando se haya establecido, científicamente o por
métodos adecuados a las condiciones y la práctica nacionales, un vínculo directo entre la
exposición a factores de riesgo que resulte de las actividades laborales y la(s) enfermedad(es) de la piel contraída(s) por el trabajador


2.3. Enfermedades del sistema osteomuscular
2.3.1. Tenosinovitis de la estiloides radial debida a movimientos repetitivos, esfuerzos intensos y posturas extremas de la muñeca
2.3.2. Tenosinovitis crónica de la mano y la muñeca debida a movimientos repetitivos, esfuerzos intensos y posturas extremas de la muñeca
2.3.3. Bursitis del olécranon debida a presión prolongada en la región del codo
2.3.4. Bursitis prerrotuliana debida a estancia prolongada en posición de rodillas
2.3.5. Epicondilitis debida a trabajo intenso y repetitivo
2.3.6. Lesiones de menisco consecutivas a períodos prolongados de trabajo en posición de
rodillas o en cuclillas
2.3.7. Síndrome del túnel carpiano debido a períodos prolongados de trabajo intenso y repetitivo, trabajo que entrañe vibraciones, posturas extremas de la muñeca, o una combinación de estos tres factores
2.3.8. Otros trastornos del sistema osteomuscular no mencionados en los puntos anteriores
cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a las condiciones y
la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a factores de riesgo que resulte
de las actividades laborales y lo(s) trastornos(s) del sistema osteomuscular contraído(s) por
el trabajador

2.4. Trastornos mentales y del comportamiento
2.4.1. Trastorno de estrés postraumático
2.4.2. Otros trastornos mentales o del comportamiento no mencionados en el punto anterior
cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a las condiciones y
la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a factores de riesgo que resulte
de las actividades laborales y lo(s) trastornos(s) mentales o del comportamiento contraído(s)
por el trabajador


3. Cáncer profesional

3.1. Cáncer causado por los agentes siguientes
3.1.1. Amianto o asbesto
3.1.2. Bencidina y sus sales
3.1.3. Éter bis-clorometílico
3.1.4. Compuestos de cromo VI
3.1.5. Alquitranes de hulla, brea de carbón u hollín
3.1.6. Beta-naftilamina
3.1.7. Cloruro de vinilo
3.1.8. Benceno
3.1.9. Derivados nitrados y amínicos tóxicos del benceno o de sus homólogos
3.1.10. Radiaciones ionizantes
3.1.11. Alquitrán, brea, betún, aceite mineral, antraceno, o los compuestos, productos o residuos de estas sustancias
3.1.12. Emisiones de hornos de coque
3.1.13. Compuestos de níquel
3.1.14. Polvo de madera 3.1.15. Arsénico y sus compuestos
3.1.16. Berilio y sus compuestos
3.1.17. Cadmio y sus compuestos
3.1.18. Erionita
3.1.19. Óxido de etileno
3.1.20. Virus de la hepatitis B (VHB) y virus de la hepatitis C (VHC)
3.1.21. Cáncer causado por otros agentes en el trabajo no mencionados en los puntos anteriores cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a las condiciones y la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a dichos agentes que resulte de las actividades laborales y el cáncer contraído por el trabajador



4. Otras enfermedades

4.1. Nistagmo de los mineros

4.2. Otras enfermedades específicas causadas por ocupaciones o procesos no
mencionados en esta lista cuando se haya establecido, científicamente o por
métodos adecuados a las condiciones y la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición que resulte de las actividades laborales y la(s) enfermedad(es) contraída(s) por el trabajador

Nova lista de doenças ocupacionias da OIT

Fonte: Desconhecida


Lista de enfermedades profesionales1 (revisada en 2010)
1. Enfermedades profesionales causadas por la exposición a agentes que resulte
de las actividades laborales
1.1. Enfermedades causadas por agentes químicos
1.1.1. Enfermedades causadas por berilio o sus compuestos
1.1.2. Enfermedades causadas por cadmio o sus compuestos
1.1.3. Enfermedades causadas por fósforo o sus compuestos
1.1.4. Enfermedades causadas por cromo o sus compuestos
1.1.5. Enfermedades causadas por manganeso o sus compuestos
1.1.6. Enfermedades causadas por arsénico o sus compuestos
1.1.7. Enfermedades causadas por mercurio o sus compuestos
1.1.8. Enfermedades causadas por plomo o sus compuestos
1.1.9. Enfermedades causadas por flúor o sus compuestos
1.1.10. Enfermedades causadas por disulfuro de carbono
1.1.11. Enfermedades causadas por los derivados halogenados de los hidrocarburos alifáticos o
aromáticos
1.1.12. Enfermedades causadas por benceno o sus homólogos
1.1.13. Enfermedades causadas por los derivados nitrados y amínicos del benceno o de sus
homólogos
1.1.14. Enfermedades causadas por nitroglicerina u otros ésteres del ácido nítrico
1.1.15. Enfermedades causadas por alcoholes, glicoles o cetonas
1.1.16. Enfermedades causadas por sustancias asfixiantes como monóxido de carbono, sulfuro de
hidrógeno, cianuro de hidrógeno o sus derivados
1.1.17. Enfermedades causadas por acrilonitrilo
1.1.18. Enfermedades causadas por óxidos de nitrógeno
1.1.19. Enfermedades causadas por vanadio o sus compuestos
1.1.20. Enfermedades causadas por antimonio o sus compuestos
1.1.21. Enfermedades causadas por hexano
1.1.22. Enfermedades causadas por ácidos minerales
1.1.23. Enfermedades causadas por agentes farmacéuticos
1 Cuando se aplique esta lista habrá que tener en cuenta, según proceda, el grado y el tipo de exposición, así como el
trabajo o la ocupación que implique un riesgo de exposición específico.
1.1.24. Enfermedades causadas por níquel o sus compuestos
1.1.25. Enfermedades causadas por talio o sus compuestos
1.1.26. Enfermedades causadas por osmio o sus compuestos
1.1.27. Enfermedades causadas por selenio o sus compuestos
1.1.28. Enfermedades causadas por cobre o sus compuestos
1.1.29. Enfermedades causadas por platino o sus compuestos
1.1.30. Enfermedades causadas por estaño o sus compuestos
1.1.31. Enfermedades causadas por zinc o sus compuestos
1.1.32. Enfermedades causadas por fosgeno
1.1.33. Enfermedades causadas por sustancias irritantes de la córnea como benzoquinona
1.1.34. Enfermedades causadas por amoniaco
1.1.35. Enfermedades causadas por isocianatos
1.1.36. Enfermedades causadas por plaguicidas
1.1.37. Enfermedades causadas por óxidos de azufre
1.1.38. Enfermedades causadas por disolventes orgánicos
1.1.39. Enfermedades causadas por látex o productos que contienen látex
1.1.40. Enfermedades causadas por cloro
1.1.41. Enfermedades causadas por otros agentes químicos en el trabajo no mencionados en los
puntos anteriores cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a
las condiciones y la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a dichos
agentes químicos que resulte de las actividades laborales y la(s) enfermedad(es)
contraída(s) por el trabajador
1.2. Enfermedades causadas por agentes físicos
1.2.1. Deterioro de la audición causada por ruido
1.2.2. Enfermedades causadas por vibraciones (trastornos de músculos, tendones, huesos,
articulaciones, vasos sanguíneos periféricos o nervios periféricos)
1.2.3. Enfermedades causadas por aire comprimido o descomprimido
1.2.4. Enfermedades causadas por radiaciones ionizantes
1.2.5. Enfermedades causadas por radiaciones ópticas (ultravioleta, de luz visible, infrarroja),
incluido el láser
1.2.6. Enfermedades causadas por exposición a temperaturas extremas
1.2.7. Enfermedades causadas por otros agentes físicos en el trabajo no mencionados en los
puntos anteriores cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a
las condiciones y la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a dichos
agentes físicos que resulte de las actividades laborales y la(s) enfermedad(es) contraída(s)
por el trabajador
1.3. Agentes biológicos y enfermedades infecciosas o parasitarias
1.3.1. Brucelosis
1.3.2. Virus de la hepatitis
1.3.3. Virus de la inmunodeficiencia humana (VIH)
1.3.4. Tétanos
1.3.5. Tuberculosis
1.3.6. Síndromes tóxicos o inflamatorios asociados con contaminantes bacterianos o fúngicos
1.3.7. Ántrax
1.3.8. Leptospirosis
1.3.9. Enfermedades causadas por otros agentes biológicos en el trabajo no mencionados en los
puntos anteriores cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a
las condiciones y la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a dichos
agentes biológicos que resulte de las actividades laborales y la(s) enfermedad(es)
contraída(s) por el trabajador
2. Enfermedades profesionales según el órgano o sistema afectado
2.1. Enfermedades del sistema respiratorio
2.1.1. Neumoconiosis causadas por polvo mineral fibrogénico (silicosis, antracosilicosis,
asbestosis)
2.1.2. Silicotuberculosis
2.1.3. Neumoconiosis causadas por polvo mineral no fibrogénico
2.1.4. Siderosis
2.1.5. Enfermedades broncopulmonares causadas por polvo de metales duros
2.1.6. Enfermedades broncopulmonares causadas por polvo de algodón (bisinosis), de lino, de
cáñamo, de sisal o de caña de azúcar (bagazosis)
2.1.7. Asma causada por agentes sensibilizantes o irritantes reconocidos e inherentes al proceso
de trabajo
2.1.8. Alveolitis alérgica extrínseca causada por inhalación de polvos orgánicos o de aerosoles
contaminados por microbios que resulte de las actividades laborales
2.1.9. Enfermedades pulmonares obstructivas crónicas causadas por inhalación de polvo de
carbón, polvo de canteras de piedra, polvo de madera, polvo de cereales y del trabajo
agrícola, polvo de locales para animales, polvo de textiles, y polvo de papel que resulte de
las actividades laborales
2.1.10. Enfermedades pulmonares causadas por aluminio
2.1.11. Trastornos de las vías respiratorias superiores causados por agentes sensibilizantes o
irritantes reconocidos e inherentes al proceso de trabajo
2.1.12. Otras enfermedades del sistema respiratorio no mencionadas en los puntos anteriores
cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a las condiciones y
la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a factores de riesgo que resulte
de las actividades laborales y la(s) enfermedad(es) contraída(s) por el trabajador
2.2. Enfermedades de la piel
2.2.1. Dermatosis alérgica de contacto y urticaria de contacto causadas por otros alergenos
reconocidos, no mencionados en los puntos anteriores, que resulten de las actividades
laborales
2.2.2. Dermatosis irritante de contacto causada por otros agentes irritantes reconocidos, no
mencionados en los puntos anteriores, que resulten de las actividades laborales
2.2.3. Vitiligo causado por otros agentes reconocidos, no mencionados en los puntos anteriores,
que resulten de las actividades laborales
2.2.4. Otras enfermedades de la piel causadas por agentes físicos, químicos o biológicos en el
trabajo no incluidos en otros puntos cuando se haya establecido, científicamente o por
métodos adecuados a las condiciones y la práctica nacionales, un vínculo directo entre la
exposición a factores de riesgo que resulte de las actividades laborales y la(s)
enfermedad(es) de la piel contraída(s) por el trabajador
2.3. Enfermedades del sistema osteomuscular
2.3.1. Tenosinovitis de la estiloides radial debida a movimientos repetitivos, esfuerzos intensos y
posturas extremas de la muñeca
2.3.2. Tenosinovitis crónica de la mano y la muñeca debida a movimientos repetitivos, esfuerzos
intensos y posturas extremas de la muñeca
2.3.3. Bursitis del olécranon debida a presión prolongada en la región del codo
2.3.4. Bursitis prerrotuliana debida a estancia prolongada en posición de rodillas
2.3.5. Epicondilitis debida a trabajo intenso y repetitivo
2.3.6. Lesiones de menisco consecutivas a períodos prolongados de trabajo en posición de
rodillas o en cuclillas
2.3.7. Síndrome del túnel carpiano debido a períodos prolongados de trabajo intenso y repetitivo,
trabajo que entrañe vibraciones, posturas extremas de la muñeca, o una combinación de
estos tres factores
2.3.8. Otros trastornos del sistema osteomuscular no mencionados en los puntos anteriores
cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a las condiciones y
la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a factores de riesgo que resulte
de las actividades laborales y lo(s) trastornos(s) del sistema osteomuscular contraído(s) por
el trabajador
2.4. Trastornos mentales y del comportamiento
2.4.1. Trastorno de estrés postraumático
2.4.2. Otros trastornos mentales o del comportamiento no mencionados en el punto anterior
cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a las condiciones y
la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a factores de riesgo que resulte
de las actividades laborales y lo(s) trastornos(s) mentales o del comportamiento contraído(s)
por el trabajador
3. Cáncer profesional
3.1. Cáncer causado por los agentes siguientes
3.1.1. Amianto o asbesto
3.1.2. Bencidina y sus sales
3.1.3. Éter bis-clorometílico
3.1.4. Compuestos de cromo VI
3.1.5. Alquitranes de hulla, brea de carbón u hollín
3.1.6. Beta-naftilamina
3.1.7. Cloruro de vinilo
3.1.8. Benceno
3.1.9. Derivados nitrados y amínicos tóxicos del benceno o de sus homólogos
3.1.10. Radiaciones ionizantes
3.1.11. Alquitrán, brea, betún, aceite mineral, antraceno, o los compuestos, productos o residuos de
estas sustancias
3.1.12. Emisiones de hornos de coque
3.1.13. Compuestos de níquel
3.1.14. Polvo de madera 3.1.15. Arsénico y sus compuestos
3.1.16. Berilio y sus compuestos
3.1.17. Cadmio y sus compuestos
3.1.18. Erionita
3.1.19. Óxido de etileno
3.1.20. Virus de la hepatitis B (VHB) y virus de la hepatitis C (VHC)
3.1.21. Cáncer causado por otros agentes en el trabajo no mencionados en los puntos anteriores
cuando se haya establecido, científicamente o por métodos adecuados a las condiciones y
la práctica nacionales, un vínculo directo entre la exposición a dichos agentes que resulte de
las actividades laborales y el cáncer contraído por el trabajador
4. Otras enfermedades
4.1. Nistagmo de los mineros
4.2. Otras enfermedades específicas causadas por ocupaciones o procesos no
mencionados en esta lista cuando se haya establecido, científicamente o por
métodos adecuados a las condiciones y la práctica nacionales, un vínculo directo
entre la exposición que resulte de las actividades laborales y la(s) enfermedad(es)
contraída(s) por el trabajador

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Veja como ajudar os desabrigados do Rio de Janeiro : Gabeira.com.br

Veja como ajudar os desabrigados do Rio de Janeiro : Gabeira.com.br

Lei da ficha limpa é adiada - Na contramão da vontade da população, deputados federais postergam o projeto que expurga os políticos com passado sujo.





Fonte: Jornal ZH

Na contramão da vontade da população, deputados federais postergam o projeto que expurga os políticos com passado sujo. Diante das câmeras e dos gravadores, deputados federais lutam com fervor para corrigir supostos defeitos do projeto que exige ficha limpa dos candidatos em eleições. Discursos não faltam para empurrar a decisão.

Nos bastidores, porém, parlamentares tentam sepultar a proposta. A estratégia é fazer de tudo para impedir que o tema chegue ao plenário da Câmara e seja aprovado a tempo de a restrição valer para este ano. A votação prevista para ontem foi mais uma vez adiada, desta vez para maio.

Como apenas os partidos de oposição apoiam a votação imediata da proposta, o projeto voltará à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que terá até o dia 29 para discutir o assunto. Apesar de as mudanças terem sido apresentadas por iniciativa popular em setembro de 2009, parlamentares afirmam que é necessário debater melhor.

O projeto encontra grande resistência na Casa especialmente por estabelecer a inelegibilidade para políticos condenados nas primeiras instâncias da Justiça. Integrantes da base do governo Lula trabalham para que fique inelegível somente quem for condenado em segunda instância judicial. Mesmo assim, com a garantia de recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que permitiria a suspensão da condenação. Pela lei atual, fica proibido de concorrer quem foi condenado em última instância, sem direito de recorrer.

– Ou vamos fazer política, ou vamos fazer um projeto legal. Não se pode fazer uma votação açodada por interesses políticos – explica o líder do PP na Câmara, deputado João Pizzolatti (SC), que é contrário ao modelo de lei proposto.

Outra justificativa de bancadas para postergar a votação é o fato de a proposta não ter maioria. Se a Casa votasse o tema hoje, correria o risco de se desgastar. Partidos como PT e PMDB prometem dar acordo para levar a questão à votação até o dia 29.

– É fundamental votar, mas tem de corrigir distorções. Se coloco o projeto desse jeito em votação, derroto no plenário. Daí, fica ruim para todos – diz o deputado federal gaúcho Mendes Ribeiro (PMDB).

Esses argumentos dos parlamentares irritaram defensores da ficha limpa. Eles reclamam que tudo já foi debatido com os deputados em sete meses de tramitação.

– Mais de 1,5 milhão de brasileiros que assinaram o projeto foram desrespeitados. Sabíamos que deputados criariam subterfúgios para fugir do desejo da sociedade. Essa frustração tem de se transformar em luta – diz Ophir Cavalcante, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Entidades como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a OAB prometem incitar a população de forma a pressionar os deputados. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também criticou a postura da Câmara.

– É uma tristeza muito grande. Todos os líderes da Casa estavam apoiando a ficha limpa. Agora, vi que não há vontade política. Muitos não têm compromisso com a ética e a moralidade. A estratégia agora deve ser a pressão legítima da sociedade – afirma o presidente da AMB, Mozart Valadares.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

SAÚDE DO TRABALHADOR: Depressão: causa da maioria dos afastamentos





Fonte: Jornal o Dia



Até 2020, doença deve saltar da 4ª para a 2ª posição no ranking da incapacidade para o trabalho, segundo a OMS


A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que, até 2020, a depressão passará da 4ª para a 2ª colocada entre as principais causas de incapacidade para o trabalho em todo o mundo. Estima-se que 121 milhões de pessoas sofram com a depressão (17 milhões delas no Brasil). Além disso, 75% nunca receberam tratamento adequado. Pesquisa da Federação Mundial para Saúde Mental “Depressão, A Verdade Dolorosa” entrevistou adultos diagnosticados com a doença, médicos clínicos gerais e psiquiatras de cinco países, entre eles, o Brasil — os outros foram Canadá, México, Alemanha e França. Os dados revelam que 64% das pessoas deprimidas já tinham se afastado do trabalho por mais de 19 dias no ano. Além disso, 80% admitiram que, mesmo sem o afastamento, a produtividade cai até 26%.

Psiquiatra professor da Unifesp, Acioly Lacerda afirma que, em longo prazo, quadros de depressão não tratados podem levar ao afastamento, elevando o absenteísmo e culminar em demissão, já que a baixa produtividade e o desinteresse pela rotina podem afetar a avaliação da empresa sobre o funcionário.

“Por isso, é muito importante reconhecer os sintomas, buscar ajuda médica e seguir corretamente tratamento indicado pelo especialista”, completa.

O preço do afastamento costuma ser elevado: o funcionário pode ser visto com desconfiança e precisa de muito esforço para apagar a imagem de fragilidade, em um mundo do trabalho que requer, cada vez mais, agressividade, apontam os especialistas. Segundo o perito do INSS Luiz Fernando Moraya, há categorias que são mais afetadas. As condições de trabalho, quando há pressão e estresse, podem colaborar, mas há também a importância de outros fatores, como vida pessoal e até origem orgânica.

“Profissionais da área de segurança, motoristas de ônibus, médicos de hospital e peritos do INSS têm alto índice de incidência. Muitas vezes, a pessoa pode até não sofrer a pressão no ambiente de trabalho, mas ela a sente e, então, deprime”, explica o médico.

Ele relata um caso dramático que demonstra o efeito do ambiente de estresse e pressão. No Rio, uma perita do INSS pediu afastamento do trabalho e da agência. No posto da Marechal Floriano, no Centro, um segurado que alegava esquizofrenia fechou a porta da sala e afirmou que daria choques na médica. “Seguranças entraram e o retiraram, mas ele marcou nova perícia para esta semana. Chamamos a polícia e ele não apareceu”, exemplifica.

Bullying ataca no ambiente de trabalho

O bullying, que assola as crianças nas escolas, também acontece no ambiente de trabalho. Aparece sob a forma de pedidos de projetos ou relatórios em prazos impossíveis, remarcar reuniões em cima da hora, tarefas triviais para cargos de responsabilidade, “geladeira”, entre outros.

“A maior dificuldade é saber quando acontece de fato. A sutileza torna o assédio moral ainda mais perverso”, descreve Paulo Eduardo Vieira de Oliveira, juiz do trabalho e professor da Universidade de São Paulo.

COMO IDENTIFICAR SE VOCÊ ESTÁ DEPRIMIDO

SINTOMAS
Tristeza não deve ser confundida com depressão, que não dever ser confundida com fracasso. Para identificar um quadro depressivo, é preciso apresentar um conjunto de sintomas que se manifestam por um determinado período de tempo. A descrição a seguir, fornecida por profissionais da área de psiquiatria, é ilustrativa. Se identificar pelo menos cinco da lista, para ter a certeza do diagnóstico, é recomendável procurar um médico especialista, que é o psiquiatra.

MARQUE UM (OU MAIS) X
( ) Humor persistentemente triste, ansioso ou “vazio”.
( ) Dificuldade de sentir prazer em atividades antes prazerosas e ou de realizar as atividades cotidianas, como trabalhar.
( ) Irritabilidade desproporcional e generalizada.
( ) Sentimento de culpa, insegurança, falta de vontade e de iniciativa.
( ) Diminuição de auto-estima e da autoconfiança.
( ) Falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo.
( ) Dificuldade de se concentrar, recordar, tomar decisões.
( ) Avaliações negativas de si próprio, do mundo e do futuro.
( ) Alterações no sono, que pode ser insônia ou uma sonolência excessiva.
( ) Aumento ou diminuição do apetite, diminuição da libido.
( ) Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
( ) Baixa energia, alterações no sono, dores inexplicáveis pelo corpo (sem causa clínica definida), dor de cabeça.
( ) Dor no estômago, alterações no apetite, alterações gastrointestinais.
( ) Problemas psicomotores.

TRATAMENTO

Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), o tratamento a princípio é feito de forma ambulatorial, fora de hospital, em serviços públicos ou em consultórios particulares. Em alguns casos é possível tratar só com psicoterapia, mas na maioria deles aconselha-se o uso combinado de psicoterapia e medicamentos. O sucesso do tratamento vai depender, acima de tudo, da adesão do paciente. Em alguns casos, são recomendadas atividades físicas.

PAPEL DA FAMÍLIA
Envolve compreensão, paciência, afeição e encorajamento. O parente deve estimular a pessoa deprimida a conversar, ouvir com atenção e não desqualificar os sentimentos que são expressos, mas apontar a realidade e dar esperanças.