quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A gente não quer só comida



A gente tem sede de educação e saúde e não de assistencialismo barato!


Fonte:http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/11/17/e171124575.asp


País tem primeiro estudo de sobrevida do tumor cerebral mais agressivo
Está concluído o primeiro estudo sobre os fatores socioeconômicos que interferem nos resultados do tratamento do tumor cerebral mais agressivo, o Glioblastoma Multiforme. O resultado desta pesquisa, a primeira realizada na história da neurocirurgia do país, servirá para alavancar recursos que possam contribuir para a melhora da sobrevida dos pacientes operados na rede pública.
- Constatamos, por exemplo, que um grupo de 40% dos pacientes atendidos pelo SUS não completou o tratamento com a radioterapia, fato que pode ser explicado pela distância entre o domicílio do paciente e o local do tratamento. De um total de 58 pacientes de baixa renda submetidos à neurocirurgia apenas 60% concluíram o tratamento com a radioterapia. Na rede particular o número de pacientes que levou o tratamento a termo saltou para 84%. Concluímos que no grupo de pacientes de baixa escolaridade e de baixa renda familiar os fatores de prognósticos foram estatisticamente piores - informa o Chefe do Setor de Neurocirurgia do HSE, José Carlos Lynch.
Segundo Carlos Lynch, os resultados encontrados poderão auxiliar na melhora significativa da sobrevida dos pacientes operados na rede pública, e na reversão da demora de obtenção do diagnóstico do Glioblastoma, bem como da espera para o tratamento adequado. Ele informa, ainda, que na rede pública os pacientes demoram cerca seis meses entre o tempo de sentir os primeiros sintomas, procurar ajuda e obter o tratamento, enquanto na rede privada esse tempo cai para apenas três meses.
- Há um momento adequando para o melhor resultado do tratamento e prognóstico da doença. Os pacientes que demoram mais tempo para obter assistência médica estão menos informados. O que desejamos e mobilizar recursos para iniciar a reversão deste quadro. É preciso que os hospitais públicos possam disponibilizar o acompanhamento de pacientes que residam em locais distantes, bem como criar campanha de esclarecimento sobre os sintomas do Glioblastoma, como forma de antecipar o diagnóstico - ressalta o neurocirurgião José Carlos Lynch.
A equipe de médicos que participou da pesquisa é composta por especialistas do Hospital dos Servidores do Estado (HSE): Jose Carlos Lynch, Leonardo Welling, Claudia Escosteguy, Ricardo Andrade, Celestino Pereira, e Alessandra G L Pereira. O estudo brasileiro comparou a sobrevida de 58 (cinqüenta e oito) pacientes com Glioblastoma Multiforme operados do HSE (hospital da rede pública para o atendimento do SUS) com a sobrevida dos 21 (vinte e um) pacientes operados nos hospitais privados.

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